A Troca – ***** de *****
Título Original: Changeling.
Site Oficial: http://www.changelingmovie.net/
Nacionalidade: Estados Unidos.
Tempo de Duração: 141 minutos.
Antes de mais nada, peço às leitoras (sim, exclusivamente às mulheres) deste espaço virtual que não se chateiem com o que escreverei logo mais abaixo. Sei que serei extremamente agressivo para com o vosso sexo, mas se tiverem a devida paciência de ler esta crítica por inteiro perceberão o porquê de tal agressividade e, talvez, mudarão o conceito que passarão a ter sobre a minha pessoa logo após terem lido os dois primeiros parágrafos abaixo.
Valho-me deste início de crítica para assumir (e até mesmo para desabafar a minha profunda decepção para com o sexo feminino) que sou uma pessoa exacerbadamente machista. Francamente, não confio muito… ou melhor… não confio nem um pouco nas pessoas do sexo feminino. As considero falsas, manipuladoras, hipócritas e, acima de tudo, infiéis (neste exato momento, a leitora deve estar desejando que um tijolo caia sobre a minha cabeça). Pois é, se alguém me disser que ainda existe uma única mulher fiel na face da Terra, logo desconfio e digo que não há (e peço, por gentileza, que a leitora continue lendo este texto, pois não irá se arrepender). A meu ver, mulher não se preocupa com amor e afeto, assim como muita gente pensa, mas sim com luxo e conforto. E como elas conseguem obter luxo e conforto? Através do sexo. Toda mulher sensual fisga um homem “alimentando-o” com sexo do bom e, enquanto utiliza este para extrair todas as suas ambições materiais, faz questão de arrumar um amante bom de cama que satisfaça todas as suas luxúrias (a leitora agora pega um lança-chamas e procura o meu endereço na lista telefônica, garanto que não irá encontrá-lo). Parece até que a mulher faz isso por pura maldade, única e exclusivamente para provar que é capaz de relegar o seu parceiro amoroso oficial à uma condição de ‘trouxa’ enquanto ela o trai e se diverte com um outro homem.
Quando me dizem então que as mulheres deveriam ter os mesmos direitos que os homens, é aí que me transformo em um machista ainda mais fervoroso e inveterado. O argumento que utilizo? Simples: “Quantos homens marcaram seus nomes na História? Quantas mulheres conseguiram o fazer?”. Dá para se contar nos dedos das mãos de Suas Excelências, o Vice-Presidente José de Alencar e o Presidente Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva (e isso inclui até mesmo a sua mão direita que conta com um dedo a menos), o número de mulheres que se destacaram na vida e marcaram os seus nomes na História sem precisar se apoiar em um outro homem. Vamos lá? Joana d’Arc: uma, Marie Cuire: duas, Rainha Mary Stweart: três, Rainha Elizabeth Tudor: quatro, Helena de Tróia: cinco, Simone De Bevoair: seis, Chatarina, a Grande: sete, Rainha Isabel: oito, Theodora de Bizâncio: nove, Golda Meyer: dez, Indira Gandhi: onze, Rainha Victoria: doze, Margareth Tatcher: treze, Rosa de Luxemburgo: quatorze, Denazir Buthos: quinze, N’zinga da Angola: desesseis, Anita Garibaldi: dezessete, Zenóbia de Palmira: dezoito, Erin Broncovich: dezenove, e, por fim, adiciono mais uma representante do pseudosexo frágil nesta contagem (ops, a mão direita do Presidente da República não poderá mais ser utilizada, vamos usar então as mãos da Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff): a protagonista deste “A Troca” Christine Collins (espero que a leitora ainda esteja aí, pois a partir de agora farei o possível para avacalhar o meu preconceito ridículo de extrema direita).
Quando o filme tem o seu início, somos apresentados a uma mulher aparentemente meiga, que vive uma vida aparentemente tranquila ao lado de seu filho único. Trata-se de Christine Collins, uma mulher bastante avançada para a sua época. “___ Avançada como?” ___ Me pergunta o leitor. “___ Evoluída. Apenas evoluída.” ___ Respondo eu. Não, não estava utilizando o clássico jargão caipira (proveniente da região do Estado de São Paulo que me deu origem) proferido para designar que uma determinada mulher é libertina. Christine era avançada pois era uma batalhadora. Explicarei, logo mais abaixo, o porquê afirmo isto.
Imagine-se no final dos anos 1920, em qualquer lugar que seja do globo terrestre. Imaginou-se? Pois agora tente desenhar em sua mente uma típica mulher daquela época. Aposto dez contra um que o(a) leitor(a) pensou em uma dama indefesa que passa o dia inteiro em casa tomando conta do lar e dos filhos, estou errado? Pois é, mas não era bem assim que a coisa funcionava. É, no mínimo, surpreendente a sensação que temos quando tomamos ciência que o filme, logo após informar-nos em seus primeiros segundos que a estória em pauta se passa em 1928, nos introduz à vida de uma mulher que, além de trabalhar como uma espécie de atendente comercial, é mãe solteira e cuida do filho sozinha.
A relação entre mãe e filho aqui é abordada de uma forma bastante aprofundada, afinal de contas, o garoto era, praticamente, a vida dela. Ponha-se no lugar da protagonista, uma mulher em plena década de 1920, precisando trabalhar para sustentar a casa, tendo como único escape de seu cotidiano o seu filho, um garoto com seus nove anos de existência. Não é a toa que a relação entre Christine e Walter era a mais afetiva o possível e, convenhamos, seria diferente se fosse com você? Continue imaginando-se no lugar dela então. Em um dia como outro qualquer você chega em casa e percebe que o seu filho não está mais lá. Procura pela vizinhança toda, e nada. Liga à polícia que, à primeira vista, não mostra a menor preocupação para com o caso e, quando decide começar a agir, lhe entrega um garoto que não é o seu verdadeiro filho, forçando-a a aceitá-lo em tais condições.
Imagine o quão você estaria sofrendo se estivesse no lugar de Christine, afinal de contas, a situação em que ela se encontra é, além de desesperadora, tão bizarra e estranha que parece ter sido extraída da clássica obra literária “Acidente em Antares”, mas com uma única diferença: a estória da bela Collins é baseada em fatos reais. É aí que passamos a nos dar conta de que o mundo sempre foi um lugar extremamente cruel, psicótico e perigoso, até mesmo durante os pseudoinocentes anos 1920 (e você que pensava que crimes do tipo sequestro não ocorriam com tanta frequência naquela época, hein?). Passamos a sentir na pele o drama da protagonista que, durante o desenrolar da obra, vai passando por inúmeras humilhações e enfrentando desafios cada vez mais perturbadores, e embora o roteiro se revele desnecessariamente piegas em algumas cenas e crie alguns clichêzinhos básicos noutros momentos, não há como deixar de elogiar o trabalho minimamente detalhista de J. Michael Straczynski, principalmente no que diz respeito à composição da protagonista, e a sensível direção de Clint Eastwood pela maneira como este capta com força total sentimentos de afeto, desespero e, principalmente, angústia.
A trama é bastante forte e consegue nos surpreender do modo mais inesperado o possível. Quem poderia imaginar que a estória de uma mãe que busca desesperadamente o filho sequestrado viria a se converter na odisséia de uma mulher com mais força e alento que mil homens juntos (inclusive muitos pseudointelectuaizinhos metidos a sabichão, como assumo que é o meu caso) que, contando com a ajuda de algumas outras pessoas, encabeça uma incansável batalha contra um sistema injusto e que prima cada vez mais pela defesa dos mais fortes?
A saga de Christine Collins se revela, na verdade, uma lição de vida. Um amplo estudo sobre a relação mãe e filho, uma abordagem sobre o modo como a maior tragédia que pode ocorrer com uma pessoa (a não ser que você conheça algo mais trágico do que perder o seu único filho de uma forma tão trágica e desesperadora) pode alterar completamente o cotidiano e o resto da existência dessa. Mas, acima de tudo, “A Troca” se revela uma cativante abordagem sobre a força do sexo feminino, o modo como uma mulher, assim como qualquer outro homem que seja, pode lutar com unhas e dentes para consertar as falhas presentes no meio em que vive, contanto que tenha um objetivo e muita determinação. E sejamos francos, há muitas pessoas do sexo masculino que falam pelos cotovelos e defenderem a sua ideologia do modo mais consistente o possível, mas não possuem a mesma determinação e força de vontade que Christine Collins possui (e eu confesso que sou um desses).
Logo, antes de tachar as pessoas do sexo oposto de falsas, manipuladoras, hipócritas e, acima de tudo, infiéis, talvez devesse olhar um pouco para o passado destas e notar o quão repreendidas pelo nosso sexo as mesmas foram. E sejamos francos, se elas não fizeram o bastante para marcar o seu nome na História (assim como os raros exemplos que citei no terceiro parágrafo deste texto) é porque nunca demos espaço às mesmas, pois se houvéssemos oferecido, estou certo de que haveriam muitas Erins Broncoviches e Christines Collins protagonizando filmes como este que acabei de comentar.
O quê? Ah sim, não comentei quesitos como atuações, direção de arte, figurino, fotografia, atuações e vários outros. Pois o fiz propositadamente, afinal de contas, por mais que os mesmos sejam dignos do Oscar (todos estes quesitos, sem excluir nenhum) que, infeliz e injustamente, nem ao menos irão concorrer, estes são pequenos detalhes que compõem o filme diante da fantástica abordagem que o mesmo realiza sobre a sua protagonista, uma mulher com mais força, caráter e dignidade que cem homens juntos.
Um longa sensacional que, infelizmente, ficará de fora do Oscar 2009 para dar espaço à produções superestimadas, embora interessantes, do naipe de “O Curioso Caso de Benjamin Button” e do vencedor do Globo de Ouro deste ano, “Slumdog Millionarie” (sim, já assisti a ambos os filmes, mas não encontrei tempo para comentá-las).
O Procurado – **** de *****
Sinopse: Wesley Allan Gibson (James McAvoy) era um típico jovem estadunidense. Frustrado com a sua vida e sem quaisquer perspectivas na mesma, o rapaz é surpreendido quando Fox (Angelina Jolie) lhe informa que o seu pai era membro de uma fraternidade de assassinos dotados de super-poderes cujo maior propósito é manter o equilíbrio mundial (principalmente no que diz respeito à justiça). Uma vez que Gibson aparenta ter herdado as habilidades do pai, Sloan (Morgan Freeman) convida o mesmo a participar da fraternidade e o atribui a tarefa de exterminar a pessoa que assassinou o seu progenitor.
Wanted – Trailer:
Em um determinado momento de “O Procurado”, um homem corre pelos corredores de um dos últimos andares de um prédio comercial em uma velocidade completamente fora da normal, salta pela janela de um escritório, dispara cerca de quatro a seis tiros para todos os lados, mata aproximadamente quatro pessoas armadas e cai no corredor de um edifício situado ao outro lado da rua, paralelo ao que estava outrora.
Achou absurda a situação descrita no parágrafo anterior? Espere só até testemunhar as seqüências onde os protagonistas dão saltos mirabolantes (e não factíveis aos olhos da física, diga-se) com carrões importados, arrancam as asas de moscas em movimento utilizando para isto a munição de pistolas automáticas e, pasmem, conseguem alterar a trajetória linear de uma bala disparada por uma arma, possibilitando com que a mesma trace uma inexplicável curva, desrespeitando dessa forma, toda e qualquer lei da física que esteja direta ou indiretamente focada no estudo de vetores.
A propósito, se há algo que “O Procurado” não faz a menor questão de respeitar, são as leis da física. Mas não são apenas tais teorias que o longa se atreve a questionar. A inteligência do espectador também é posta em jogo aqui. Note, por exemplo, a explicação que o filme nos dá a fim de justificar os super-poderes peculiares de seus protagonistas: “___ Nossos corações batem a um excesso de 400 batimentos por minuto, enviando um lote de adrenalina para as nossas correntes sangüíneas que nos permite ver e reagir mais rápido do que o normal. Apenas algumas pessoas no mundo podem fazer isso.”. Contudo, o roteiro esqueceu-se de nos esclarecer (ou simplesmente nem fez questão de tentar esclarecer, o que é mais provável) o porquê de uma pessoa dessas não ter um enfarto, ou até mesmo um derrame, logo após ter o coração acelerado tão bruscamente (e sejamos francos, a tergiversação utilizada pelo personagem de Morgan Freeman, alegando que “___ Com o tempo aprendemos a controlar isso”, não funciona nem um pouco).
Mas mesmo contando com uma gama de erros e absurdos não fundamentados pelo roteiro, não há como negar que o filme de Bekmambetov conta com muito mais acertos do que erros, principalmente se o encararmos da maneira como este deve ser encarado: como uma obra de ação altamente descerebrada, à lá “Carga Explosiva”. Contudo, “O Procurado” é um longa infinitamente superior aos dois filmes da franquia dirigida por Louis Leterrier. Ao passo em que a bomba estrelada por Jason Statham se revela unicamente uma ação descerebrada e desprovida de originalidade, e até mesmo ousadia (no que diz respeito à Arte, é claro), o longa estrelado por James McAvoy conta com uma direção inovadora (ao menos para este tipo de filme) e um roteiro que faz total questão de abordar o seu protagonista da maneira mais satisfatória o possível.
Wesley Allan Gibson, brilhantemente incorporado pelo escocês McAvoy, é uma espécie de Tyler Durden, versão Edward Norton, inserido em um filme de ação extremamente pipoca, o extremo oposto do magnífico “Clube da Luta”. Sua vida não tem propósito algum e Gibson a questiona freqüentemente. Seu emprego não faz nada além de lhe frustrar, as pessoas com quem se vê forçado a conviver cotidianamente nada acrescentam a sua vida (muito pelo contrário, tornam a mesma ainda mais maçante), sua namorada o trai com o seu (falso) melhor amigo e, para piorar, o mesmo é portador de Síndrome do Pânico e se vê obrigado a tomar medicamentos com redundância a fim de controlar os constantes batimentos cardíacos de que sofre.
Repentinamente, a vida de Wesley sofre uma mutação grandíssima quando Fox (Angelina Jolie, fraca e inexpressiva) adentra nela, salva o rapaz de um assassinato e informa a este que o seu pai era um dos mais influentes membros de uma fraternidade de assassinos dotados de super-poderes, cuja função principal é manter o equilíbrio mundial (principalmente no que diz respeito à justiça) exterminando um indeterminado grupo de pessoas. A partir de então, Wesley passa a fazer parte de tal fraternidade e, literalmente, abandona a patética e insuportável vida que levava.
Sejamos francos: quem de nós nunca se identificou com o personagem de McAvoy? Quem de nós nunca pensou consigo mesmo: “Por que minha vida é tão insignificante?”? Quem de nós nunca se irritou e almejou profundamente uma drástica mudança em nossos cotidianos patéticos e desprovidos de fortes emoções? Pois é, no fim das contas, somos todos como Wesley Gibson, só não temos coragem de admitir. A grande maioria da população mundial é frustrada e sente-se insatisfeita consigo mesma, do contrário, a doença mais comum de nossos tempos não seria a depressão. Sendo assim, não há como não nos cativarmos com Gibson logo de cara.
E se “O Procurado” se revela um excelente filme de ação, até mesmo quando não conta com as inerentes cenas de ação, o que dizer então da sensação que temos quando somos apresentados a estas? Todas, sem exceção, são tremendamente fantásticas e eletrizantes, desde a brilhante seqüência inicial (já comentada no primeiro parágrafo desta crítica) até o eletrizante e otimamente coreografado tiroteio ocorrido no final do longa, passando por uma das mais impactantes e memoráveis seqüências de ação que já tive o maravilhoso prazer de testemunhar nas telonas desde o embate entre o Pérola Negra e o Holandês Voador no razoável “Piratas do Caribe – No Fim do Mundo”. Refiro-me, é claro, ao tiroteio travado em um trem em movimento, ocorrido no desfecho do segundo ato do filme.
Não bastassem as seqüências de ação, por si só, já serem maravilhosas, a direção frenética, desenfreada e competente de Timur Bekmambetov as torna ainda mais inesquecíveis. Criando ângulos perfeitos e realizando um eletrizante jogo de movimentação com as câmeras, o talentoso cineasta russo ainda se aproveita dos excelentes efeitos visuais do longa para criar planos-seqüências mirabolantes, tais como a fantástica cena em que as suas câmeras registram o trajeto invertido que a bala de um rifle segue a fim de atingir o seu alvo.
Aproveitando o ensejo, uma vez que mencionei os efeitos-visuais do longa, creio que estes merecem um parágrafo dedicado apenas a eles. Realizando um trabalho muito parecido com o que tivemos a oportunidade de presenciar no excelente “Matrix”, os responsáveis pelos efeitos digitais do longa nos brindam com seqüências inesquecíveis. Repare, por exemplo, na cena que abre o filme, quando o indivíduo se joga contra o vitrô do corredor do edifício. Fazendo o apropriado uso de uma fascinante técnica de computação gráfica, os profissionais do filme, envolvidos com esta área, nos possibilitam a oportunidade de ver todos os cacos de vidro do vitrô contornando perfeitamente o corpo e a face do sujeito que acabara de se atirar contra o mesmo. Outro ponto forte residente nos efeitos-visuais do longa é que os mesmos não são utilizados com o intento de substituir a falta de conteúdo do roteiro, como acontece com a maior parte dos filmes que investem pesado neste quesito (não sei porque me lembrei de “Transformers” agora), mas sim com o propósito de conferirem uma carga maior de verossimilhança às suas cenas de ação (mencionar a palavra “verossimilhança” ao se criticar um filme como este é algo um tanto o quanto discrepante, principalmente quando nos referimos às cenas de ação dos mesmos).
Finalizando este texto da maneira de praxe, ou seja, realizando uma compilação de todas as qualidades e defeitos do filme, citados na crítica, de modo objetivo, direto e consistente: “O Procurado” conta com um roteiro recheado das mais absurdas e implausíveis seqüências de ação já abordadas pelo Cinema nos últimos tempos e a justificativa para tais seqüências se revela ainda mais ilógica que as mesmas. Mas ainda assim o filme conta com reviravoltas convenientes e surpreendentes, uma abordagem para lá de magistral tecida em cima de seu protagonista, regada por uma excelente atuação de James McAvoy e uma direção frenética e revolucionária de Timur Bekmambetov que, junto de efeitos visuais sensacionais, tornam as fantásticas seqüências de ação do longa (que figuram facilmente entre as melhores já realizadas pelo Cinema neste início de século) eletrizantes e inesquecíveis.
Avaliação Final: 8,0 na escala de 10,0.
Kung Fu Panda – ** de *****
Sinopse: Po (Jack Black) é um urso panda desengonçado cujo maior sonho é tornar-se um grande lutador de kung fu. Entretanto, além da falta de habilidade que possui para a prática de qualquer atividade física, o urso não deseja magoar o pai, que decidiu lhe atribuir o destino de administrar o restaurante de massas, que pertence à sua família há gerações. Porém, Po não contava que havia algo além do futuro que o seu pai havia destinado a ele e, inesperadamente, é eleito “O Guerreiro do Dragão” por um grande mestre do kung fu. Agora, cabe somente a ele defender o Vale da Paz da cólera do vingativo leopardo da neve Tai Lung (Ian McShane).
“Kung Fu Panda” é um longa que começa muito bem. A princípio, adentramos o sonho do protagonista, logo em seguida nos é revelado que o maior desejo deste é ser um grande lutador de kung fu. É durante tal sonho que o roteiro insere aquela que talvez seja a piada mais interessante do longa. Trata-se da seqüência em que, após ser provocado, o protagonista se mantém inerte, saciando a sua refeição com toda a naturalidade do mundo. O leitor me pergunta: “___ Oras, mas onde está a graça nisso?”, “___ Nos dizeres sarcásticos da narrativa em off.” ___ Respondo eu (não vou citar os dizeres do narrador sob pena de estragar a piada, caso alguma pessoa que esteja lendo esta crítica no momento ainda não tenha tido a dúbia oportunidade de conferir o filme em questão). Infelizmente tal narrativa some. Pois é, logo ela que aparentava ser uma das grandes qualidades do filme, simplesmente desaparece e, com isso, dá espaço a uma animação nada engraçada, muito menos original.
Não que o longa não consiga propiciar ao leitor alguns sorrisos (todos sem dentes, diga-se) fora este que comentei no parágrafo acima (uma outra cena que me divertiu bastante foi a em que o pai do Panda nos é apresentado. Reparem na hilária bizarrice que é constatar que o pai de um urso panda é uma… bem, melhor deixar para lá, não quero estragar surpresas, e falo sério), mas a verdade é que ele se mostra pouco capaz de ir além disso.
O filme vai se desenvolvendo (será?) e as piadinhas e gags que se mostravam originalmente engraçadas e dinâmicas em seu intróito, dão espaço a um humor previsível, nada original e, o que é pior, sem graça. Todo o humor do filme passa a ser alicerçado nas condições físicas de Po (protagonista do filme), que é obeso. Logo, o filme torna-se altamente previsível, pois sabemos exatamente que, apenas para citar um exemplo, ao tentar se exercitar em um aparelho de ginástica deveras pequeno comparado ao tamanho de Po, o panda certamente ficará entalado no mesmo. E o que dizer então das seqüências patéticas onde ele tenta adentrar o Palácio de Jade, local onde irá ocorrer a eleição do Guerreiro do Dragão? Lastimável, um humor repleto de gags batidas e nada engraçadas.
Não bastasse isso, o roteiro ainda conta com mudanças de caráter artificiais em quase todos os seus personagens, sobretudo Shifu (explorado sob a estereotipada imagem do “professor” severo e frustrado). Se durante metade do filme Shifu move montanhas a fim de tirar Po de seu caminho, basta a saída brusca, repentina e artificial de um importante personagem da estória e algumas poucas palavras para fazer o rigoroso mestre mudar completamente a sua opinião sobre o panda desajeitado.
E se as piadas, as reviravoltas do roteiro e as bruscas mudanças de caráter de certos personagens se mostram altamente artificiais, a caracterização de Po não fica muito atrás. Além de seguir o estereotipo do sujeito desajeitado e frustrado por não conseguir realizar o grande sonho de sua vida (ser um grande lutador de kung fu), o panda é uma criatura exacerbadamente irritante (e a voz insuportável que Jack Black empregou para o compor, torna-o ainda mais irritante). É incrível notarmos como o mesmo grita a todo instante, muito me fez lembrar dos protagonistas do fraco “Madagascar” (falando nisso, será que algumas animações da Dreamworks relacionam o grau de entretenimento de seus filmes com o grau de histeria de seus personagens?).
Mas nem tudo em “Kung Fu Panda” são espinhos. Não, muito pelo contrário, o filme conta com diversas e importantes qualidades. Além da parte gráfica ser praticamente perfeita (nada que se compare a um “Wall-E”, mas tudo bem), a direção de Mark Osborne e John Stevenson é ótima, principalmente no que diz respeito à movimentação de câmeras. É, no mínimo, fascinante vermos o cuidado que ambos os diretores possuem com a criação de ângulos perfeitos e à maneira como ambos filmam as seqüências de ação, dando muito ritmo às mesmas.
Até mesmo o roteiro, que julgo como sendo o pior defeito do filme, possui qualidades que colaboram muito para a avaliação final da animação. Refiro-me às sub-estórias contidas no mesmo, sobretudo, as que explicam as pequenas lendas deste, algo que dá muito mais credibilidade à estória.
No geral, “Kung Fu Panda” é um filme nada original, sem graça, irritante, artificial, previsível, histérico e que conta com uma lição de moral explorada pelo roteiro da maneira mais clichê o possível. Aspectos como a direção, a alta qualidade de sua parte gráfica, as pequenas estórias muito bem desenvolvidas pelo roteiro, as cenas de luta e as pouquíssimas gags e/ou piadas que realmente funcionam fazem com que o filme ganhe muita credibilidade, mas não há como negar que este conta com muito mais erros do que acertos.
Avaliação Final: 4,5 na escala de 10,0.
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