X-Men Origens: Wolverine – **** de *****
Título Original: X-Men Origins: Wolverine.
Gênero: Ação.
Tempo de Duração: 107 minutos.
Ano de Lançamento: 2009.
Site Oficial: http://www.xmenorigenswolverine.com.br/
País de Origem: Estados Unidos da América.
Direção: Gavin Hood
Roteiro: David Benioff, baseado em personagens criados por Len Wein.
Elenco: Hugh Jackman (Logan / Wolverine), Liev Schreiber (Victor Creed / Dentes-de-sabre), Ryan Reynolds (Wade Wilson / Deadpool), Dominic Monaghan (Bradley), Lynn Collins (Raposa Prateada), Danny Huston (William Stryker), Daniel Henney (David North / Agente Zero), Taylor Kitsch (Remy LeBeau / Gambit), Kevin Durand (Frederick “Fred” J. Dunes / Blob), Stephen Leeder (General Munson), Alice Parkinson (Elizabeth Howlett), Tim Pocock (Scott Summers), Myles Pollard (Lumberjack), Tahyna Tozzi (Emma Frost), Will i Am (John Wraith), Troye Sivan (Logan – jovem), Michael-James Olsen (Victor Creed – jovem) e Patrick Stewart (Prof. Charles Xavier).
Sinopse: A Equipe X é formada apenas por mutantes, tendo fins militares. Entre seus integrantes estão Logan (Hugh Jackman), o selvagem Victor Creed (Liev Schreiber), o especialista em esgrima Wade Wilson (Ryan Reynolds), o teleportador John Wraith (Will i Am), o atirador David North (Daniel Henney), o extremamente forte Fred J. Dunes (Kevin Durand) e ainda Bradley (Dominic Monaghan), que manipula eletricidade. No comando está William Stryker (Danny Huston), que envolve alguns componentes do grupo no projeto Arma X, um experimento ultra-secreto. Entre eles está Logan, que precisa ainda lidar com o desfecho de seu romance com Raposa Prateada (Lynn Collins).
Fonte sinopse e ficha técnica: http://www.adorocinema.com.br/
X-Men Origins: Wolverine – Trailer:
Detesto criticar obras cinematográficas baseadas em histórias em quadrinhos. Por quê? Simples, porque, conforme já mencionei inúmeras vezes, não sou nem um pouco fã de quadrinhos. E para ser mais franco ainda, nada sei sobre os mesmos. O que me lembro com relação a X-Men diz respeito somente à série de desenho animado que passava na hora do almoço e eu acompanhava apenas pelo fato de ter o péssimo hábito de almoçar defronte à televisão. O quê? Ah sim, é claro que já assisti aos outros três episódios da saga cinematográfica, mas se formos analisar a origem do personagem Wolverine, realmente nada sei sobre a mesma.
Desta forma, seria extremamente incoerente e, acima de tudo, injusto, com o leitor caso não analisá-se o filme individualmente, mencionando que o mesmo foge bastante da obra original ou que o protagonista aqui não faz jus ao das histórias em quadrinhos. Analisarei “X-Men Origens: Wolverine” como um filme qualquer, da mesma forma que um espectador comum o faria, sem mencionar obras adjacentes a esta (exceto os três outros filmes da trilogia, que são ótimos) ou quaisquer outras características que estejam ligadas indiretamente ao filme objeto de análise.
É interessante constatarmos que a estória do protagonista tem o seu início em 1.845. Apesar de surreal (a menos que você julgue possível uma pessoa conseguir viver tanto tempo pelo simples fato de ser um mutante), nos dá a entender que ele já passou por inúmeras experiências. E se levarmos em conta a sua anormalidade física, concluímos que Wolverine vivenciou não apenas inúmeras experiências, como também diferentes ocorrências ao longo de sua vida inteira. Vide a sequência dos créditos iniciais, por exemplo, onde podemos acompanhar o protagonista, junto de seu amigo de infância Victor Creed, participando de importantíssimas guerras pelas quais o mundo já passou (uma cena em especial, quando Victor atira insanamente do helicóptero, nos remete ao ótimo “Nascido Para Matar” de Stanley Kubrick).
O filme se desenvolve, as guerras terminam, e Wolverine e Victor entram para um esquadrão especial formado pelo governo, onde apenas mutantes com super-poderes, como eles, passam a fazer parte da equipe. O protagonista passa a discordar da ideologia de tal esquadrão e decide abandonar o mesmo de uma vez por todas. Dentes-de-Sabre, por sua vez, já é um sujeito com características mais animalescas e continua integrando a equipe e cometendo atrocidades contra a humanidade.
E talvez seja justamente nesta polaridade entre os personagens Wolverine e Dentes-de-Sabre que resida o maior defeito do filme. Um é politicamente correto ao extremo, sendo que, quando foge dos eixos, basta gritarem: “___ Logan, você não é um animal!”, e pronto, ele fica calminho, calminho. Já Dentes-de-Sabre é malvado ao extremo. Quando não está quebrando espinhas ou arrancando cabeças por aí, está rindo de forma a provocar os seus adversários. Não há um equilíbrio entre os personagens, conforme havia entre o Batman (justiceiro reacionário) e o Coringa (niilista incompreendido) do excelente “Batman – O Cavaleiro das Trevas”. Logo, o espectador certamente notará uma certa artificialidade na formação da personalidade de ambos os personagens.
Por outro lado, “X-Men Origens: Wolverine” conta com muitos acertos. Vide o roteiro, por exemplo, que parece ter adotado uma tática “pega-crítico-de-Cinema”. Isso mesmo, “pega-crítico-de-Cinema”. Durante muitos momentos senti-me incomodado com os motivos que impulsionavam o personagem-sub-título a clamar por vingança, bem como considerei patética a sub-trama romântica inserida em seu primeiro ato. Já estava formulando em minha cabeça: “___ Quando for escrever a crítica do filme, deverei citar tais defeitos.”. Eis que a trama se desenrola e somos surpreendidos. Aquilo que parecia ser apenas um clichêzinho como outro qualquer torna-se um detalhe inerente para o resultado final da obra.
As sequências de ação do longa também são ótimas e, francamente, dentre todos os filmes que carregam consigo a marca “X-Men”, creio que este seja o que melhor se sai no quesito adrenalina. Não, não temos nenhuma cena que lembre a batalha final entre os mutantes de Xavier e os mutantes de Magneto, tampouco uma cena em que mostre a Golden Gate sendo destruída, assim como também não temos nenhuma sequência de luta tão bem coreografada conforme tínhamos no desfecho do episódio 2, mas o “plus” deste novo capítulo da saga dos mutantes não reside necessariamente em uma única cena, e sim no modo como a ação do mesmo é distribuída durante a projeção inteira, a ponto de jamais fazer com que nos sintamos entediados na poltrona do cinema (e novamente peguei a poltrona central, na fileira central da sala, mesmo a sessão estando lotada ao extremo). Particularmente, penso que este episódio tem mais ritmo que os demais.
O final do filme, no entanto, causa um certo desapontamento, e só não digo que é um tremendo fracasso pois as partes que envolvem ação (sempre elas) são fantásticas, sobretudo a luta envolvendo Wolverine, Dentes-de-Sabre e Deadpool e os efeitos especiais fantásticos que regam a mesma (uma pena ela ser relativamente curta). No mais, a aparição do Professor Charles Xavier é ridícula e totalmente fora de foco (e quando digo fora de foco, refiro-me àquele exato momento), e o modo como o roteiro justifica uma amnésia do protagonista, utilizando para tal as balas de adamantium, soa um tanto o quanto artificial.
“X-Men Origens: Wolverine” é um filme de ação despretensioso. Seu roteiro não conta com uma trama tão complexa como a de “X-Men 2”, tampouco realiza uma ampla e reflexiva abordagem sobre o preconceito a tudo o que é tido como fora do comum (de acordo com os padrões sociais, é claro), conforme os demais filmes da trilogia anterior o faziam, mas fornece ao espectador uma estória repleta de reviravoltas e surpresas interessantes, além de se revelar uma distração bem acima da média, recheada de cenas de ação bastante atraentes, temperadas com ótimos efeitos visuais.
Avaliação Final: 8,0 na escala de 10,0.
X-Men Origens: Wolverine – **** de *****
Título Original: X-Men Origins: Wolverine.
Gênero: Ação.
Tempo de Duração: 107 minutos.
Ano de Lançamento: 2009.
Site Oficial: http://www.xmenorigenswolverine.com.br/
País de Origem: Estados Unidos da América.
Direção: Gavin Hood
Roteiro: David Benioff, baseado em personagens criados por Len Wein.
Elenco: Hugh Jackman (Logan / Wolverine), Liev Schreiber (Victor Creed / Dentes-de-sabre), Ryan Reynolds (Wade Wilson / Deadpool), Dominic Monaghan (Bradley), Lynn Collins (Raposa Prateada), Danny Huston (William Stryker), Daniel Henney (David North / Agente Zero), Taylor Kitsch (Remy LeBeau / Gambit), Kevin Durand (Frederick “Fred” J. Dunes / Blob), Stephen Leeder (General Munson), Alice Parkinson (Elizabeth Howlett), Tim Pocock (Scott Summers), Myles Pollard (Lumberjack), Tahyna Tozzi (Emma Frost), Will i Am (John Wraith), Troye Sivan (Logan – jovem), Michael-James Olsen (Victor Creed – jovem) e Patrick Stewart (Prof. Charles Xavier).
Sinopse: A Equipe X é formada apenas por mutantes, tendo fins militares. Entre seus integrantes estão Logan (Hugh Jackman), o selvagem Victor Creed (Liev Schreiber), o especialista em esgrima Wade Wilson (Ryan Reynolds), o teleportador John Wraith (Will i Am), o atirador David North (Daniel Henney), o extremamente forte Fred J. Dunes (Kevin Durand) e ainda Bradley (Dominic Monaghan), que manipula eletricidade. No comando está William Stryker (Danny Huston), que envolve alguns componentes do grupo no projeto Arma X, um experimento ultra-secreto. Entre eles está Logan, que precisa ainda lidar com o desfecho de seu romance com Raposa Prateada (Lynn Collins).
Fonte sinopse e ficha técnica: http://www.adorocinema.com.br/
X-Men Origins: Wolverine – Trailer:
Detesto criticar obras cinematográficas baseadas em histórias em quadrinhos. Por quê? Simples, porque, conforme já mencionei inúmeras vezes, não sou nem um pouco fã de quadrinhos. E para ser mais franco ainda, nada sei sobre os mesmos. O que me lembro com relação a X-Men diz respeito somente à série de desenho animado que passava na hora do almoço e eu acompanhava apenas pelo fato de ter o péssimo hábito de almoçar defronte à televisão. O quê? Ah sim, é claro que já assisti aos outros três episódios da saga cinematográfica, mas se formos analisar a origem do personagem Wolverine, realmente nada sei sobre a mesma.
Desta forma, seria extremamente incoerente e, acima de tudo, injusto, com o leitor caso não analisá-se o filme individualmente, mencionando que o mesmo foge bastante da obra original ou que o protagonista aqui não faz jus ao das histórias em quadrinhos. Analisarei “X-Men Origens: Wolverine” como um filme qualquer, da mesma forma que um espectador comum o faria, sem mencionar obras adjacentes a esta (exceto os três outros filmes da trilogia, que são ótimos) ou quaisquer outras características que estejam ligadas indiretamente ao filme objeto de análise.
É interessante constatarmos que a estória do protagonista tem o seu início em 1.845. Apesar de surreal (a menos que você julgue possível uma pessoa conseguir viver tanto tempo pelo simples fato de ser um mutante), nos dá a entender que ele já passou por inúmeras experiências. E se levarmos em conta a sua anormalidade física, concluímos que Wolverine vivenciou não apenas inúmeras experiências, como também diferentes ocorrências ao longo de sua vida inteira. Vide a sequência dos créditos iniciais, por exemplo, onde podemos acompanhar o protagonista, junto de seu amigo de infância Victor Creed, participando de importantíssimas guerras pelas quais o mundo já passou (uma cena em especial, quando Victor atira insanamente do helicóptero, nos remete ao ótimo “Nascido Para Matar” de Stanley Kubrick).
O filme se desenvolve, as guerras terminam, e Wolverine e Victor entram para um esquadrão especial formado pelo governo, onde apenas mutantes com super-poderes, como eles, passam a fazer parte da equipe. O protagonista passa a discordar da ideologia de tal esquadrão e decide abandonar o mesmo de uma vez por todas. Dentes-de-Sabre, por sua vez, já é um sujeito com características mais animalescas e continua integrando a equipe e cometendo atrocidades contra a humanidade.
E talvez seja justamente nesta polaridade entre os personagens Wolverine e Dentes-de-Sabre que resida o maior defeito do filme. Um é politicamente correto ao extremo, sendo que, quando foge dos eixos, basta gritarem: “___ Logan, você não é um animal!”, e pronto, ele fica calminho, calminho. Já Dentes-de-Sabre é malvado ao extremo. Quando não está quebrando espinhas ou arrancando cabeças por aí, está rindo de forma a provocar os seus adversários. Não há um equilíbrio entre os personagens, conforme havia entre o Batman (justiceiro reacionário) e o Coringa (niilista incompreendido) do excelente “Batman – O Cavaleiro das Trevas”. Logo, o espectador certamente notará uma certa artificialidade na formação da personalidade de ambos os personagens.
Por outro lado, “X-Men Origens: Wolverine” conta com muitos acertos. Vide o roteiro, por exemplo, que parece ter adotado uma tática “pega-crítico-de-Cinema”. Isso mesmo, “pega-crítico-de-Cinema”. Durante muitos momentos senti-me incomodado com os motivos que impulsionavam o personagem-sub-título a clamar por vingança, bem como considerei patética a sub-trama romântica inserida em seu primeiro ato. Já estava formulando em minha cabeça: “___ Quando for escrever a crítica do filme, deverei citar tais defeitos.”. Eis que a trama se desenrola e somos surpreendidos. Aquilo que parecia ser apenas um clichêzinho como outro qualquer torna-se um detalhe inerente para o resultado final da obra.
As sequências de ação do longa também são ótimas e, francamente, dentre todos os filmes que carregam consigo a marca “X-Men”, creio que este seja o que melhor se sai no quesito adrenalina. Não, não temos nenhuma cena que lembre a batalha final entre os mutantes de Xavier e os mutantes de Magneto, tampouco uma cena em que mostre a Golden Gate sendo destruída, assim como também não temos nenhuma sequência de luta tão bem coreografada conforme tínhamos no desfecho do episódio 2, mas o “plus” deste novo capítulo da saga dos mutantes não reside necessariamente em uma única cena, e sim no modo como a ação do mesmo é distribuída durante a projeção inteira, a ponto de jamais fazer com que nos sintamos entediados na poltrona do cinema (e novamente peguei a poltrona central, na fileira central da sala, mesmo a sessão estando lotada ao extremo). Particularmente, penso que este episódio tem mais ritmo que os demais.
O final do filme, no entanto, causa um certo desapontamento, e só não digo que é um tremendo fracasso pois as partes que envolvem ação (sempre elas) são fantásticas, sobretudo a luta envolvendo Wolverine, Dentes-de-Sabre e Deadpool e os efeitos especiais fantásticos que regam a mesma (uma pena ela ser relativamente curta). No mais, a aparição do Professor Charles Xavier é ridícula e totalmente fora de foco (e quando digo fora de foco, refiro-me àquele exato momento), e o modo como o roteiro justifica uma amnésia do protagonista, utilizando para tal as balas de adamantium, soa um tanto o quanto artificial.
“X-Men Origens: Wolverine” é um filme de ação despretensioso. Seu roteiro não conta com uma trama tão complexa como a de “X-Men 2”, tampouco realiza uma ampla e reflexiva abordagem sobre o preconceito a tudo o que é tido como fora do comum (de acordo com os padrões sociais, é claro), conforme os demais filmes da trilogia anterior o faziam, mas fornece ao espectador uma estória repleta de reviravoltas e surpresas interessantes, além de se revelar uma distração bem acima da média, recheada de cenas de ação bastante atraentes, temperadas com ótimos efeitos visuais.
Avaliação Final: 8,0 na escala de 10,0.
Austrália – ** de *****
Título Original: Australia.
Gênero: Drama.
Ano de Lançamento: 2008.
Site Oficial: http://www.australiafilme.com.br/
Nacionalidade: Estados Unidos.
Tempo de Duração: 165 minutos.
Direção: Baz Lurhmann.
Roteiro: Stuart Beattie, Baz Luhrmann, Ronald Harwood e Richard Flanagan, baseado em estória de Baz Luhrmann.
Elenco: Nicole Kidman (Sarah Ashley), Hugh Jackman (Drover), Brandon Walters (Nullah), David Wenham (Neil Fletcher), Ray Barrett (Bull), Bryan Brown (Rei Carney), Tony Barry (Sargento Callahan), Essie Davis (Cath Carney), Arthur Dignam (Padre Benedict), Sandy Gore (Gloria Carney), David Gulpilil (Rei George), Jamie Gulpilil (Porter), Jacek Koman (Ivan), Ben Mendelsohn (Capitão Dutton), David Ngoombujarra (Magarri), Angus Pilakui (Goolaj), Bruce Spence (Dr. Barker) e Kerry Walker (Myrtle Allsop).
Australia – Trailer:
“Austrália” é mais um destes filmes imaturos e previsíveis que logo em seus dez primeiros minutos revela todos os defeitos que possui e virá a possuir durante o desenrolar de sua trama. Começamos com um garoto mestiço extremamente irritante, cujo nome é Nullah (e confesso que desde que assisti a “Star Wars – Episódio I – A Ameaça Fantasma” pela primeira vez, no ano de 1999, não via um personagem que conseguia ser tão irritante quanto Jar Jar Binks. Nullah conseguiu romper tal tabu) e assume a função de narrador da obra cinematográfica em questão. O problema é que além da narração ser gritantemente dispensável, o tom de voz empregado pelo ator mirim é simplesmente insuportável. Isso sem contar, é claro, a péssima escolha das palavras utilizadas pelo roteiro a fim de construir a narrativa, que se torna altamente previsível.
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