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Archive for the ‘Ken Kwapis’ Category

Ele Não Está Tão a Fim de Você – **** de *****

Será que eu estou muito bonzinho ultimamente? Oras, é a segunda vez consultiva que atribuo ótimas notas a duas obras cinematográficas que seguem duas das vertentes cinematográficas mais falhas o possível. Mas não, acredito mesmo que, tanto “Presságio” quanto este “Ele Não Está Tão a Fim de Você” são filmes que merecem um grande destaque e, falar bem dos mesmos, não é sinônimo de maleabilidade crítica, mas sim de bom senso. Outra coisa, gostaria de oferecer ao público do sexo masculino três grandes motivos para conferir este filme (e só não o faço com o público feminino, pois as mulheres sempre se interessam por obras deste gênero, sendo que não precisam consultar uma análise cinematográfica a fim de saber se vale a pena, ou não, gastar tempo e dinheiro com um filme desta vertente cinematográfica): 1°: não é uma comédia romântica necessariamente feminina, conforme indica o título; 2°: não trata-se de uma comédia romântica bobinha, assim como também sugere o título, mas sim de um interessante estudo sobre os relacionamentos amorosos atuais; 3° e mais importante: o elenco conta com Scarlett Johansson e há uma cena em especial onde ela aparece apenas de lingerie e tem aqueles suculentos seios apalpados e… ops… errr, digo… o filme tem Scarlett Johansson em uma grande atuação… pronto, era isso o que eu queria dizer.

Título Original: He’s Just Not That Into You.
Gênero: Comédia Romântica.
Tempo de Duração: 129 minutos.
Ano de Lançamento: 2009
Site Oficial: http://www.hesjustnotthatintoyoumovie.com/
País de Origem: Estados Unidos da América.
Direção: Ken Kwapis.
Roteiro: Abby Kohn e Marc Silverstein, baseado em livro de Greg Behrendt e Liz Tuccillo.
Elenco: Ginnifer Goodwin (Gigi), Justin Long (Alex), Bradley Cooper (Ben), Scarlett Johansson (Anna), Jennifer Connelly (Janine), Jennifer Aniston (Beth), Ben Affleck (Neil), Drew Barrymore (Mary), Natasha Leggero (Amber), Busy Phillips (Kelli Ann), Angela Shelton (Angela), Frances Callier (Frances), Brandon Keener (Jarrad), Rod Keller (Bruce), Leonardo Nam (Joshua), Wilson Cruz (Nathan), Brooke Bloom (Paige), Hedy Burress (Laura), Sasha Alexander (Catherine), Kris Kristofferson (Ken Murphy), Kevin Connolly (Conor) e Michelle Carmichael (Mãe).

Sinopse: Gigi (Ginnifer Goodwin) é uma romântica incurável, que um dia resolve sair com Conor (Kevin Connolly). Ela espera que ele ligue no dia seguinte, o que não acontece. Gigi resolve ir até o bar onde se conheceram, na esperança de reencontrá-lo. Lá ela conhece Alex (Justin Long), amigo de Conor. Ele tem uma visão bastante realista sobre os relacionamentos amorosos e tenta apresentá-la a Gigi, através de seu ponto de vista masculino. Por sua vez Conor é apaixonado por Anna (Scalett Johansson), uma cantora que o trata apenas como amigo e que se interessa por Ben (Bradley Cooper), casado com Janine (Jennifer Connelly). O casamento deles está em crise, o que não impede que Janine dê conselhos amorosos a Gigi, com quem trabalha. Outra colega de serviço é Beth (Jennifer Aniston), que namora Neil (Ben Affleck) há 7 anos e sonha em um dia se casar, apesar dele ser contrário à idéia.

He’s Just Not That Into You – Trailer:

Crítica:

Tenho uma pergunta a ser feita ao leitor. Você passa em frente ao cinema e vê o cartaz de um filme cujo título é “Ele Não Está Tão a Fim de Você”, se aproxima do poster e logo vê inúmeras caras e bocas, todas sorridentes. Lembra-se de ter lido na internet que o roteiro de tal obra cinematográfica foi inspirado em um livro de auto-ajuda. O que se pode concluir a partir daí? Que o filme em questão trata-se de uma comédia romântica descartável, com uma liçãozinha de moral ainda mais descartável, direcionado a casais amorosos ainda mais descartáveis e sem personalidade alguma, não? Pois esta foi a mesmíssima conclusão a que cheguei antes de assistir a “Ele Não Está Tão a Fim de Você” e, pela segunda vez no dia (a primeira foi ao assistir a “Presságio”), equivoquei-me exacerbadamente, tendo uma bela de uma surpresa, dessas que só a sétima Arte pode nos fazer conferir.

Adentrei a sala de cinema, acomodei-me na poltrona (pela segunda vez do dia tive a sorte de pegar a poltrona central da fileira central) e o filme então começou. Já de cara se mostrou uma obra minimamente interessante. Somos apresentados a Gigi, a mais cativante personagem do filme. Trata-se de uma romântica crônica. A garota é bela e meiga o bastante para despertar interesse em qualquer homem que seja, mas não se vê capaz de atrair a pessoa ideal para manter um relacionamento sério consigo. O motivo? Sua insegurança, sua ansiedade e suas manias neuróticas. E não apenas o gênio da moça a atrapalha em tal “missão”, como também os caminhos pelos quais os relacionamentos amorosos atuais estão rumando, ou seja, aquele amor que dura apenas uma noite e nada mais.

E não apenas a doce Gigi compõe o rol de personagens interessantes deste “Ele Não Está Tão a Fim de Você”. Há também Anna, a mulher sensual que emplaca em um relacionamento amoroso extremamente descompromissado com Connor, um vendedor de imóveis pelo qual Gigi tem uma forte queda, mas que ama incondicionalmente a sua parceira amorosa semi-oficial. Anna, entretanto, nutre uma forte paixão por Ben, um sujeito de boa aparência que ela conheceu ao acaso. No entanto, o rapaz casou-se com Janine anos atrás, mesmo sem nutrir uma forte paixão pela mesma e sem saber ao certo se era isso o que queria pelo resto de sua vida. Por este motivo, o matrimônio de ambos passa por uma crise que nem mesmo eles dois parecem estar certos da existência de tal colapso. Mesmo com este problema amoroso relativamente invisível, Janine não deixa de dar conselhos amorosos à colega de trabalho Gigi.

Mas espere aí! Quer dizer então que a trama envolve os mais diversos personagens e encontra uma forma de fazer com que todos eles tenham a vida entrelaçada entre si, sendo que Gigi é o centro desta divertida, embora confusa, amalgama amorosa? Pois é, e é justamente isso que “Ele Não Está Tão a Fim de Você” faz, desenvolver uma trama deliciosamente embaraçosa, com personagens que encaram o amor das mais diferentes formas, desde o mais conservador ao mais liberal.

E é claro que há muitos outros filmes do gênero que optam por realizar uma abordagem bastante parecida com a acima mencionada, mas o bem da verdade é que o filme, muitíssimo bem dirigido por Ken Kwapis (que adota uma movimentação de câmera extremamente satisfatória aqui), conta com um roteiro inteligente que, na grande maioria dos casos, desenvolve suas estórias através de situações extremamente naturais, sem apelar às baboseiras artificiais que são utilizadas com excessiva frequência pela maioria das comédias românticas atuais. Aqui quase tudo soa natural, e a aproximação que sentimos para com os personagens faz com que o filme raramente se mostre enfadonho, cansativo ou desnecessário.

Raramente? Pois é, a comédia romântica em questão infelizmente não se mostra um perfeito exemplar do gênero, e apesar de estar infinitamente acima da média em que os filmes atuais se encontram, revela-se enfadonha, cansativa e desnecessária em alguns poucos momentos, sobretudo quando cai no erro de desenvolver personagens demais ao mesmo tempo. Se a trama batesse em cima apenas de Gigi, Alex, Anna, Ben, Janine, e, até mesmo, Connor, que, dentre os demais citados, revela-se o menos interessante, o resultado teria sido muito mais satisfatório e já se revelaria um instigante estudo de personagens, mas infelizmente o roteiro conta com uma certa megalomania por parte de seus escritores, que optam por inserir algumas figuras que nada acrescentam à trama. Refiro-me a Beth, Neil e Mary (que conta com a gag mais engraçada de todo o filme (quando ouve duas mensagens em sua secretária eletrônica que a fazem mudar de humor terrivelmente, de uma hora para outra), mas ainda assim não diz ao certo a que veio), que, além de pouco interessantes, protagonizam estórias que não acrescentam uma carga dramática realmente necessária à obra, e o que é pior, atrapalham no desenvolvimento das outras tramas que, de fato, tornam este filme um atraente exemplar de um dos gêneros mais decadentes da sétima Arte, a comédia-romântica.

Em suma, “Ele Não Está Tão a Fim de Você” não é, definitivamente, um perfeito exemplar do gênero cinematográfico que optou seguir. Seu excesso de personagens atrapalha, e muito, o desenvolvimento daqueles que realmente são dignos de uma abordagem mais ampla. O filme, porém, conta com uma trama deveras cativante, uma direção eficiente, uma edição bastante dinâmica que, na maior parte dos casos, alterna muito bem entre uma estória e outra, e, acima de tudo, revela-se um instigante estudo sobre os relacionamentos amorosos modernos, repletos de seus vai-e-vem e de suas crises neuróticas. As estórias aqui são, em sua maioria, protagonizadas por figuras dramáticas excessivamente atraentes e jamais aderem ao melodrama barato e piegas a fim de atrair a atenção do espectador. E é claro que é muito importante sabermos também que, todas estas qualidades, tornam-se ainda mais amplas quando o elenco mostra-se bastante concatenado entre si (exceto Ben Affleck que, como sempre, está péssimo), fazendo com que todos os atores sintam-se muito a vontade com os seus respectivos papéis, proporcionando uma sensibilidade ainda maior aos seus personagens.

Enfim, uma comédia romântica não Alleniana que conseguiu se destacar com mérito diante das demais.

Obs.: Antes que alguém questione sobre o final feliz que citei na crítica objetiva deste filme e não citei aqui neste texto, devo mencionar que, se não o fiz, foi a fim de evitar o uso dos desagradáveis spoilers que tornariam-se indispensáveis nesta situação.

Avaliação Final: 8,0 na escala de 10,0.

Ele Não Está Tão a Fim de Você – **** de *****

Será que eu estou muito bonzinho ultimamente? Oras, é a segunda vez consultiva que atribuo ótimas notas a duas obras cinematográficas que seguem duas das vertentes cinematográficas mais falhas o possível. Mas não, acredito mesmo que, tanto “Presságio” quanto este “Ele Não Está Tão a Fim de Você” são filmes que merecem um grande destaque e, falar bem dos mesmos, não é sinônimo de maleabilidade crítica, mas sim de bom senso. Outra coisa, gostaria de oferecer ao público do sexo masculino três grandes motivos para conferir este filme (e só não o faço com o público feminino, pois as mulheres sempre se interessam por obras deste gênero, sendo que não precisam consultar uma análise cinematográfica a fim de saber se vale a pena, ou não, gastar tempo e dinheiro com um filme desta vertente cinematográfica): 1°: não é uma comédia romântica necessariamente feminina, conforme indica o título; 2°: não trata-se de uma comédia romântica bobinha, assim como também sugere o título, mas sim de um interessante estudo sobre os relacionamentos amorosos atuais; 3° e mais importante: o elenco conta com Scarlett Johansson e há uma cena em especial onde ela aparece apenas de lingerie e tem aqueles suculentos seios apalpados e… ops… errr, digo… o filme tem Scarlett Johansson em uma grande atuação… pronto, era isso o que eu queria dizer.

Título Original: He’s Just Not That Into You.
Gênero: Comédia Romântica.
Tempo de Duração: 129 minutos.
Ano de Lançamento: 2009
Site Oficial: http://www.hesjustnotthatintoyoumovie.com/
País de Origem: Estados Unidos da América.
Direção: Ken Kwapis.
Roteiro: Abby Kohn e Marc Silverstein, baseado em livro de Greg Behrendt e Liz Tuccillo.
Elenco: Ginnifer Goodwin (Gigi), Justin Long (Alex), Bradley Cooper (Ben), Scarlett Johansson (Anna), Jennifer Connelly (Janine), Jennifer Aniston (Beth), Ben Affleck (Neil), Drew Barrymore (Mary), Natasha Leggero (Amber), Busy Phillips (Kelli Ann), Angela Shelton (Angela), Frances Callier (Frances), Brandon Keener (Jarrad), Rod Keller (Bruce), Leonardo Nam (Joshua), Wilson Cruz (Nathan), Brooke Bloom (Paige), Hedy Burress (Laura), Sasha Alexander (Catherine), Kris Kristofferson (Ken Murphy), Kevin Connolly (Conor) e Michelle Carmichael (Mãe).

Sinopse: Gigi (Ginnifer Goodwin) é uma romântica incurável, que um dia resolve sair com Conor (Kevin Connolly). Ela espera que ele ligue no dia seguinte, o que não acontece. Gigi resolve ir até o bar onde se conheceram, na esperança de reencontrá-lo. Lá ela conhece Alex (Justin Long), amigo de Conor. Ele tem uma visão bastante realista sobre os relacionamentos amorosos e tenta apresentá-la a Gigi, através de seu ponto de vista masculino. Por sua vez Conor é apaixonado por Anna (Scalett Johansson), uma cantora que o trata apenas como amigo e que se interessa por Ben (Bradley Cooper), casado com Janine (Jennifer Connelly). O casamento deles está em crise, o que não impede que Janine dê conselhos amorosos a Gigi, com quem trabalha. Outra colega de serviço é Beth (Jennifer Aniston), que namora Neil (Ben Affleck) há 7 anos e sonha em um dia se casar, apesar dele ser contrário à idéia.

He’s Just Not That Into You – Trailer:

Crítica:

Tenho uma pergunta a ser feita ao leitor. Você passa em frente ao cinema e vê o cartaz de um filme cujo título é “Ele Não Está Tão a Fim de Você”, se aproxima do poster e logo vê inúmeras caras e bocas, todas sorridentes. Lembra-se de ter lido na internet que o roteiro de tal obra cinematográfica foi inspirado em um livro de auto-ajuda. O que se pode concluir a partir daí? Que o filme em questão trata-se de uma comédia romântica descartável, com uma liçãozinha de moral ainda mais descartável, direcionado a casais amorosos ainda mais descartáveis e sem personalidade alguma, não? Pois esta foi a mesmíssima conclusão a que cheguei antes de assistir a “Ele Não Está Tão a Fim de Você” e, pela segunda vez no dia (a primeira foi ao assistir a “Presságio”), equivoquei-me exacerbadamente, tendo uma bela de uma surpresa, dessas que só a sétima Arte pode nos fazer conferir.

Adentrei a sala de cinema, acomodei-me na poltrona (pela segunda vez do dia tive a sorte de pegar a poltrona central da fileira central) e o filme então começou. Já de cara se mostrou uma obra minimamente interessante. Somos apresentados a Gigi, a mais cativante personagem do filme. Trata-se de uma romântica crônica. A garota é bela e meiga o bastante para despertar interesse em qualquer homem que seja, mas não se vê capaz de atrair a pessoa ideal para manter um relacionamento sério consigo. O motivo? Sua insegurança, sua ansiedade e suas manias neuróticas. E não apenas o gênio da moça a atrapalha em tal “missão”, como também os caminhos pelos quais os relacionamentos amorosos atuais estão rumando, ou seja, aquele amor que dura apenas uma noite e nada mais.

E não apenas a doce Gigi compõe o rol de personagens interessantes deste “Ele Não Está Tão a Fim de Você”. Há também Anna, a mulher sensual que emplaca em um relacionamento amoroso extremamente descompromissado com Connor, um vendedor de imóveis pelo qual Gigi tem uma forte queda, mas que ama incondicionalmente a sua parceira amorosa semi-oficial. Anna, entretanto, nutre uma forte paixão por Ben, um sujeito de boa aparência que ela conheceu ao acaso. No entanto, o rapaz casou-se com Janine anos atrás, mesmo sem nutrir uma forte paixão pela mesma e sem saber ao certo se era isso o que queria pelo resto de sua vida. Por este motivo, o matrimônio de ambos passa por uma crise que nem mesmo eles dois parecem estar certos da existência de tal colapso. Mesmo com este problema amoroso relativamente invisível, Janine não deixa de dar conselhos amorosos à colega de trabalho Gigi.

Mas espere aí! Quer dizer então que a trama envolve os mais diversos personagens e encontra uma forma de fazer com que todos eles tenham a vida entrelaçada entre si, sendo que Gigi é o centro desta divertida, embora confusa, amalgama amorosa? Pois é, e é justamente isso que “Ele Não Está Tão a Fim de Você” faz, desenvolver uma trama deliciosamente embaraçosa, com personagens que encaram o amor das mais diferentes formas, desde o mais conservador ao mais liberal.

E é claro que há muitos outros filmes do gênero que optam por realizar uma abordagem bastante parecida com a acima mencionada, mas o bem da verdade é que o filme, muitíssimo bem dirigido por Ken Kwapis (que adota uma movimentação de câmera extremamente satisfatória aqui), conta com um roteiro inteligente que, na grande maioria dos casos, desenvolve suas estórias através de situações extremamente naturais, sem apelar às baboseiras artificiais que são utilizadas com excessiva frequência pela maioria das comédias românticas atuais. Aqui quase tudo soa natural, e a aproximação que sentimos para com os personagens faz com que o filme raramente se mostre enfadonho, cansativo ou desnecessário.

Raramente? Pois é, a comédia romântica em questão infelizmente não se mostra um perfeito exemplar do gênero, e apesar de estar infinitamente acima da média em que os filmes atuais se encontram, revela-se enfadonha, cansativa e desnecessária em alguns poucos momentos, sobretudo quando cai no erro de desenvolver personagens demais ao mesmo tempo. Se a trama batesse em cima apenas de Gigi, Alex, Anna, Ben, Janine, e, até mesmo, Connor, que, dentre os demais citados, revela-se o menos interessante, o resultado teria sido muito mais satisfatório e já se revelaria um instigante estudo de personagens, mas infelizmente o roteiro conta com uma certa megalomania por parte de seus escritores, que optam por inserir algumas figuras que nada acrescentam à trama. Refiro-me a Beth, Neil e Mary (que conta com a gag mais engraçada de todo o filme (quando ouve duas mensagens em sua secretária eletrônica que a fazem mudar de humor terrivelmente, de uma hora para outra), mas ainda assim não diz ao certo a que veio), que, além de pouco interessantes, protagonizam estórias que não acrescentam uma carga dramática realmente necessária à obra, e o que é pior, atrapalham no desenvolvimento das outras tramas que, de fato, tornam este filme um atraente exemplar de um dos gêneros mais decadentes da sétima Arte, a comédia-romântica.

Em suma, “Ele Não Está Tão a Fim de Você” não é, definitivamente, um perfeito exemplar do gênero cinematográfico que optou seguir. Seu excesso de personagens atrapalha, e muito, o desenvolvimento daqueles que realmente são dignos de uma abordagem mais ampla. O filme, porém, conta com uma trama deveras cativante, uma direção eficiente, uma edição bastante dinâmica que, na maior parte dos casos, alterna muito bem entre uma estória e outra, e, acima de tudo, revela-se um instigante estudo sobre os relacionamentos amorosos modernos, repletos de seus vai-e-vem e de suas crises neuróticas. As estórias aqui são, em sua maioria, protagonizadas por figuras dramáticas excessivamente atraentes e jamais aderem ao melodrama barato e piegas a fim de atrair a atenção do espectador. E é claro que é muito importante sabermos também que, todas estas qualidades, tornam-se ainda mais amplas quando o elenco mostra-se bastante concatenado entre si (exceto Ben Affleck que, como sempre, está péssimo), fazendo com que todos os atores sintam-se muito a vontade com os seus respectivos papéis, proporcionando uma sensibilidade ainda maior aos seus personagens.

Enfim, uma comédia romântica não Alleniana que conseguiu se destacar com mérito diante das demais.

Obs.: Antes que alguém questione sobre o final feliz que citei na crítica objetiva deste filme e não citei aqui neste texto, devo mencionar que, se não o fiz, foi a fim de evitar o uso dos desagradáveis spoilers que tornariam-se indispensáveis nesta situação.

Avaliação Final: 8,0 na escala de 10,0.